I V
quando precisar de mim quem sabe eu sou o espírito
no período de estio do bem que se concretiza
posso estar penrambulando auxiliar dos mais pobres
as margens de um lindo rio das pessoas indecisas
relembrando a mocidade talvez eu seja o amor
em um saudoso assobio que muita gente precisa
II VI
se quiser me ver de novo se quiser ver minha imagem
não precisa dar um grito não precisa sentir medo
basta olhar no horizonte sou qualquer uma das plantas
em busca do infinito de um pomar ou arvoredo
numa nuvem bem branquinha ao se confessar as flores
num entardecer bonito escutarei seus segredos
III VII
sempre que quiser falar quando for falar comigo
um pouco com esse poeta posso estar fazendo prece
estarei prestando favor próximo de uma cachoeira
ajudar é a melhor meta olhando a água que desce
ou fazendo meditação observando a beleza
de uma maneira discreta que a natureza oferece
IV VIII
se de mim sentir saudade acho que fui professor
facilmente me alcança noutra vida, em algum lugar
irá me encontrar sorrindo mas nem procurei saber
em forma de esperança para não ter que complicar
pelos campos orvalhados o que Deus faz é tão belo
brincando com as crianças que nem precisa explicar
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