I V
meu jardim do seridó quando ia a escola
pertinho de caicó o alçapão da gaiola
bela terra potiguar armava pelos caminhos
recanto que fui nascido mergulhava em água profunda
amado e muito querido jogava pedra de funda
sem de nada reclamar para espantar passarinho
II VI
ali naquela estância a arapuca que eu tinha
tive talvez a infância pegava muitas rolinhas
melhor que alguém pôde ter e sabiá no cajueiro
até meus dezoito anos cresci na libertação
boa parte dos meus planos tive uma boa educação
começava acontecer meu tesouro verdadeiro
III VII
fui criado na fazenda botava fogo nas coivaras
onde tinha uma moenda de jurema e taquara
de cana de açúcar então para ver o teju correr
que fazia rapadura e o cachorro correr atrás
o doce de mais procura quanta saudade me traz
que havia na região falar daquele viver
IV VIII
eu corria pelo campo por isso meu jardim amado
livre como um pirilampo sou um eterno apaixonado
me criei muito sadio pelas suas terras bonitas
com água de poço e bojo eu sei que terei aflições
pegando preá de fojo quando não tiver mais condições
no capim da beira do rio de te fazer uma visita
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